sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

42° dia: de Ariquemes/RO a Campos de Júlio/MT

LUÍS:

De Rondônia para Mato Grosso, entre estas duas cidades, Ariquemes/RO e Campos de Júlio haviam 689km.

Se você olhar no google maps a vida gira em torno desta rodovia, a BR-364, aqui em Rondônia. Todas as fazendas ficam em torno dela, bem como as principais cidades, como Ji-Paraná e Cacoal.

E o que de mais importante aconteceu foi dentro desta loja...


Isso mesmo, uma concessionária Yamaha.

Foi na Pica Pau motos, em Cacoal/RO que o Éverton (meu amigo que mora no Acre) encontrou um pneu dianteiro para a moto. No dia anterior ele fez a busca e no fim da tarde consegui ligar, lá de Porto Velho, para Cacoal, avisando que no dia seguinte passaria por lá para comprar e instalar o pneu!

E foi feito.

Incrível com o Éverton achou esse pneu, pois eu liguei nas concessionárias de Rio Branco e Porto Velho, capitais dos estados de AC e RO, e não encontrei. Nem pensei em ligar nas cidades menores...menos provável ainda ter. E tinha!

Mas vamos voltar um pouco ao início da manhã.

Acordamos e sentimos a 1h de diferença entre AC e RO. Já era umas 10h quando saímos do hotel, pois tive que trabalhar de manhã. Sim, lá o wi-fi funcionava.

Depois de andar 45km a Ist nota que esqueceu as alianças no hotel. Bem, lá vamos nós voltar rapidinho para buscar. Acabou dando certo.

Mais uma hora de atraso e vamos seguir viagem, aliás, começar novamente.

Andamos, andamos e andamos... fazia calor. A viagem não rendia. Passar 100km foi um martírio.

A rota foi essa abaixo:




Almoçamos não lembro onde e seguimos até chegar em Cacoal já eram quase 16h.

Fui recebido pelo Thiago e Ulisses, que já me aguardavam, pois no dia anterior havia falado com Hélio, quem afinal nem conheci.

Rapidamente a moto estava no meio da oficina sendo atendida.

E merecia, vejam só o estado do pneu!



Quem conhece o Mitas E-07 pode ver que não sobrou nada, absolutamente nada. Na mão, o pneu estava "molinho". Para furar seria rapidinho. Nada agradável com algo em torno de 400kg de moto + bagagem + passageiros.

Eu já vinha usando exclusivamente o freio traseiro desde Rio Branco, assim diminui o desgaste do pneu dianteiro.

Abaixo, a moto aguardando seu novo pneu.


Da direita para a esquerda, Ulisses, Thiago, o mecânico (o mais importante da foto, pois é ele que garante a montagem e a minha segurança até em casa, além da Ist é claro), eu e no fundo mais um mecânico.

Sim, havia dois mecânicos atendendo, atenção total! Enquanto um mexia no pneu o outro arrumava o manete da embreagem que estava rangindo. Lubrificação feita e vamos seguir!


Veja como ficou o novo Metzeler, original da moto.

Não vai durar muito, eu sei. Também não gosto dele, pois é muito "on-road" e eu ando muito na terra para ter um pneu destes.

Mas sem dúvida é o melhor pneu para chegar até SP! Afinal, todo o caminho até lá é asfalto (assim espero...rs).




Pneu trocado, em menos de 40 min já estava na estrada.

Agora os sinceros agradecimentos ao Uillian, Thiago, aos mecânicos e principalmente ao Éverton de Rio Branco, pois sem ele o pneu não seria encontrado jamais!

Agora, o fato curioso do dia... acredita que o Uillian e o Tiago me reconheceram por um vídeo de viagem de moto que eu postei no meu canal no YouTube?

Sim, eles assistiram ao vídeo da trilha do Telégrafo, tem contato com o Tiago Bega (que também foi para o Telégrafo comigo, junto com os cabeludíssimos Laércio Guerra e Luciano Cogliati), e reconheceram a moto. Incrível!

Se você tá curioso para saber o que é isso, veja onde nos metemos, aliás, onde levamos motos tão grandes como a minha.

http://www.youtube.com/playlist?list=PLYcK1S7PZfTsd67eaRIhMGwuQxjnbzpAA

Esses quatro vídeos que fizemos da viagem rodou muuuuitos blogs e fóruns de moto, até chegar ao interior de Rondônia.

É isso aí. Uma viagem é feita de diversos personagens, e o pessoal de Cacoal certamente contribuiu para o sucesso da nossa viagem! Chegar a SP com o que sobrava daquele Mitas E-07 seria uma façanha que eu não queria fazer, pois o risco seria muito alto.
De pneus novos, a moto era outra. Aliás, só o dianteiro...então só um pneu novo fez muita diferença. Como ele era bem redondinho, a moto queria tombar mais nas curvas, mas o traseiro resistia, pois está meio quadrado. Tá engraçado dirigir, hehehe, tem que ficar esperto.

Seguimos até passar pelo lado de uma área indígena e virar à esquerda a caminho de Campos de Júlio. Decidimos que iríamos dormir lá. Achei um hotel no GPS e ele estava na rota. Seguimos até o endereço e nada, era uma construção fechada.

Voltamos um pouco até o hotel que vimos no caminho, dentro da cidadezinha mesmo. Paramos ali. Carinho viu... 90 conto, sem café da manhã. Ao menos tinha ar condicionado.

Rapidamente saímos para jantar, pois a fome apertava. Fomos até a Churrascaria do Gaúcho. Gente de fora...o povo olha estranho, fica olhando a moto grande, bem desconfiados.

Mas de repente chega um cara e pergunta: essa moto é 750?

Eu com uma cara de curioso vendo o entusiasmo dele respondo: Não, é uma 1200.... as 750 foram fabricadas até a década de 90 só.

Ele ficou meio triste... hehehe pois tinha apostado com os amigos da mesa a cilindrada da moto e perdeu. Então teve que pagar uma cerveja para a turma!


O que perdeu a aposta foi o de boné amarelo! O de boné roxo só mandava eu tomar banho...rs
Dizia... "você veio do Equador até aqui de moto? Nossa, vai tomar banho..." eheheheh e eu dava risada.

Afinal, iria tomar banho logo depois. Mas ficamos um bom tempo conversando ali.

O gaúcho, dono da churrascaria, fez duas chuletas daquelas! Além do ovo frito que eu adoro.

Colesterol reposto, vamos tomar banho e dormir.

Fotos e comentários abaixo:


Belo por de sol no fim de tarde... meio às plantações de soja.


Aqui no MT a região é grande produtora de soja, muita soja! Por todo lado soja!





LUCIANA:

Um dia resumido em "atrasei 1h a viagem".

Nunca esqueço nada, mas tive que esquecer justamente os meus anéis que nunca tiro do dedo?!
A primeira coisa foi orar e pedir para que elas estivessem intocadas no mesmo lugar que deixei e confiar que assim estariam!
Graças a Deus estavam! A camareira até sorriu pra mim quando entrei novamente no quarto e saí rapidinho. A limpeza já tinha sido feita mas passaram batido de onde tinha deixado os anéis.

Voltei pianinho e seguimos viagem.
Andamos mais um monte!
Esse foi o dia em que eu queria ter me sumido daqui!
Tinha que trocar pneu ainda e andar e andar...
Mas deu tudo certo assim como absolutamente TUDO tem dado até chegarmos em casa!

4 comentários:

  1. Quando chegar a São Paulo ,faz um Rasumão de toda a viajem com dicas e as melhores rota....

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  2. Show de bola esta Aventura, tenho muita vontade de fazer uma viagem como essa Parabens...

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    1. rapaz...sabe como eu planejei? Vi Galápagos na TV e tracei uma rota no GPS (basecamp/tracksource) até lá. Li algumas coisas, juntei uns trocados e troquei os pneus. O resto você já sabe!

      Se falta $, vai pra perto. O Jalapão é barato e sensacional.;..

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