quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

27º dia: em Galápagos, Ilha Floreana

LUÍS:



Foto da capa: o moai da Ilha Floreana.

Hoje foi especial. Fizemos um passeio de lancha até a Ilha Floreana. Para vocês terem noção de quem é quem aqui...estamos na ilha do meio, Santa Cruz. Visitamos a ilha ao sul, Floreana.

Foi um passeio de lancha bem gostoso. Na verdade era uma lancha bem grande, tipo iate, para 23 passageiros.

Tomamos café e fomos direto ao pier junto com o restante do grupo. Tomei o melhor lugar, no 2º andar, onde só cabem 2 pessoas e o capitão. Bela vista. A Ist não queria vir, pois poderia fazer um pouco de frio, mas acabou vindo.



Excepcional. Na saída da baía de puerto ayora avistamos 2 tartarugas marinhas passeando tranquilamente. As ondas estavam meio fortes e às vezes a água chegava até nós ali em cima, mas valeu o lugar pela vista e pelo conforto. Na volta não teria a mesma sorte, viemos embaixo, mas entre a ida e a volta tem uma história bem legal que vou contar para vocês.

Essa ilha que visitamos, Floreana, tem 140 habitantes apenas. Para se ter uma ideia Santa Cruz (onde estamos hospedados) tem 20 ou 24 mil. Então é um povoadozinho...mas tem escola e tudo. Chegamos na ilha em 1h25min, recorde segundo o capitão. Veja no mapa abaixo o arquipélago.



Logo que baixamos fomos surpreendidos pela preguiça dos lobos marinhos, ou focas, não sei bem ao certo. Acho que eram focas. Estavam estiradas no chão na sombra, outras ao sol, um sossego só.



Em seguida pegamos um caminhãozinho com bancos para nos levar até a parte alta da ilha. Ali sim sobe. O pico do maior monte fica a 600m do nível do mar. Não subimos lá, é claro. Mas fomos até a nascente de água doce desta ilha, que tem uma história bem curiosa.

Foi colonizada em 1930 por um casal de alemães a convite do Equador. Em seguida veio uma 2ª família de alemães com filhos. Viviam perto do manancial onde tem água doce na ilha, em cavernas. Sim, cavernas mesmo, são de fato buracos na rocha adaptados com bancos e uma certa proteção do vento e da chuva. Lugar bacana de se viver, mas tem que ter muito controle para viver aqui eu acho. Hoje não resta ninguém nessa parte alta. O pioneiro morreu quando comeu uma galinha envenenada por algum animal. A mulher voltou para a Alemanha, isso tudo em 1933, poucos anos após chegarem aqui. A 2ª família durou mais, tanto que uma das filhas do 2º casal ainda vive na ilha. Hoje tem 80 anos. Também houve uma tentativa de trazer franceses, uma maluca e dois amantes. Segundo o guia deu conflito amoroso e no fim das contas um matou a mulher, o outro fugiu com um barco que acabou batendo numa rocha no mar e morreu também. Finais trágicos né? Mas o nosso foi legal.

A ilha no passado foi refúgio de piratas em busca de água e lugar para guardar tesouros. Tanto é verdade que o guia diz terem encontrado pedaços maciços de ouro no local por onde passamos, obviamente há muuuuitos anos atrás. Depois de obter água os piratas caçavam tartaruga para comer e ao longo do tempo foram povoando a ilha com árvores frutíferas, bem como os alemães que a colonizaram. Aqui tem seriguela, laranja, pokan, dentre outras frutas...

Daí os piratas vinham aqui de vez em quando e se reabasteciam de água, comiam uma tartaruguinha, uma frutinha...voltavam para o mar...e a vida segue. Dormiam meio as rochas na parte alta. Nesses espaços aqui.




Para protegê-los, nas laterais das fendas faziam esses buracos da foto abaixo e colocava, bambu e folhas.



Interessante que a ilha foi descoberta por ingleses antes mesmo do descobrimento do Brasil. Curioso, não?

O lugar realmente é interessante. Tem até um moai feito por não se sabe quem. Não ouvi bem a história que o guia contou, acreditavam ser de polinésios, piratas, não se sabem bem a origem.

Fato é que o Moai é bacana. Tem um narigão!



Os primeiros moradores da ilha, bem como os piratas do passado, moravam nessas cavernas aqui...



Em seguida visitamos o curral de tartarugas, isso mesmo, aqui elas ficam "guardadas" num espaço isolado, para não fugirem talvez...

Fato é que aqui estão no habitat natural, tão natural que pegamos uma no flagra com a outra!


Isso aí tartaruguinha, mandando ver na garotinha de 120 anos aí ein!

heheheh, havia muitas, parece que 45 nesse local. E pela primeira vez fizeram tartarugas híbridas, misturando 3 espécies diferentes. São 7 pequenininhas que vivem aqui, pena não podermos avistá-las. Mas valeu o passeio.















Voltamos à parte baixa da ilha e almoçamos. Em seguida, um mergulho na praia negra, água clarinha...










O que me chamou a atenção foram os pássaros caçando, aliás, pescando eu diria. São aqueles que mergulham que vemos na TV, ficam voando a uns 20m de altura...olhando para a água, de repente indicam para baixo, fecham as asas e se jogam feito flechas no mar, depois voltam de barriga cheia. Assim é a vida aqui. Havia duas tartarugas marinhas na baía em volta de nós, três pinguins pescando tranquilamente, uma foca folgada que curtia uma onda na beiradinha, pelicanos iam e viam... e os as aves kamikazes que se jogavam no mar!

Dia muito legal.

Na volta, fomos no calabouço, junto com os demais escravos da embarcação. Haviam assumido meu lugar preferido no 2º andar quando embarcamos :(   hehehehe

Ao chegar em Santa Cruz, tentei sacar e nada, além do caixa automático ser lento ele não me dá grana. E isso que ainda tenho limite ein!

Comemos um pedaço de chocolate e dormimos cedo, bem cedo. Achei que seria apenas um cochilo, mas durou até hoje cedo!



LUCIANA:

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