sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

34º dia: de Caraz a Recuay

LUÍS:

Hoje foi um dia de extremos.


Vimos as melhores paisagens de montanha da viagem toda, passamos por desfiladeiros, vimos neve, subimos ao ponto mais alto da viagem (4.736m) onde atravessamos por um túnel de mais de 1km e por outro lado o frio foi absurdo, debaixo de chuva 60% do tempo praticamente. E no fim uma estrada fechada, já de noite, nos obrigou a fazer um desvio no meio do nada com muita lama. E ainda ficamos no pior hotel da viagem toda.

Mas vamos começar do começo.

Acordamos com um lindo sol.



Tomamos um café da manhã gostoso, padrão...pão, manteiga, geleia, café, chá... nada demais.



Fiquei olhando para as montanhas e pensando... vou subir até lá? Rs



A rota no começo era asfalto, fomos andando pelo vale...tranquilo.

Daí começou a subir...

Passamos por uma cidade chamada Yungay, onde tem uma civilização antiga que foi devastada por uma avalanche. Há um sítio arqueológico em escavação, dava pra visitar, mas seriam 40min e isso não cabia muito bem no roteiro de hoje. Decidimos seguir.



Então vimos essa placa, era para seguir até um túnel e depois cruzar o parque sentido Chacas. Não parecia longe né? Só 80 km para o almoço.


Só que no caminho tinha uma pedra.


E outra...


Uns barrancos caídos...


Um porco amarrado na janela! Esse foi o primeiro porco amarrado numa janela que eu vi na vida toda!



Aqui não tem gaúchos na estrada, mas sim vaquinhas com tetas cheias de leite.


Na portaria do parque a Luciana comprando pão... hehehe



E começam as belas paisagens, com neve ao fundo nas montanhas mais altas. Estávamos indo para lá.




Pena que o tempo estava nublado e às vezes chovendo, pois se estivesse sol os vales pareceriam mais lindos!


Deu vontade de descer esta estrada também?


Neve!!!!!!!!!!


Tomando um pouco de água...


Olha a felicidade da criança


Queria ter visto esse lago com sol!








Essa abaixo eu vou imprimir...



Na entrada do túnel.... a 4.736m de altura um túnel de 1,2km. Tava frio lá dentro sabe.







Mais na descida o sol apareceu...e veja só como fica a paisagem!




Chegando em....


Então paramos em Chacas para almoçar.


Na porta do restaurante a tia tranquilamente tricotava enquanto a outra cuidava da criança.



Seguimos viagem, deveríamos subir, descer, subir outra vez, descer... e pegar esse tipo de paisagem...



 Depois subimos outra vez... pela terra!


E descemos para outro vale em San Marcos.


E subimos mais uma vez para cruzar pela última vez essas montanhas a 4 mil metros de altura.



 



Na última descida bateu 7° de temperatura. Aí sim tava frio bicho...com uma espécie de garoa ainda.

Fomos descendo a caminho de Recuay e tinha um monte de terra no meio do nada, freei com tudo e quase caí com a moto. Atravessamos e mais à frente havia outro monte de terra bloqueando a estrada. Eu pensei... kct meu, aqui não tem barranco pra essa terra cair! Nem tombou caminhão aqui nem nada... que m. é essa?

Perguntei para um cara que estava ali e ele disse que era um bloqueio proposital por protesto pela morte de uma pessoa, o alcalde, como o prefeito da cidade.

E que eu tenho a ver com isso? Não podia chegar em nosso destino por asfalto. Então ele sugeriu seguir por uma estradinha de terra por 20min que chegaríamos lá também e teria hotel.

Segui em frente.. .meu, fudeu! Não achava estrada e tinha mais monte de terra bloqueando a passagem. A essa hora da noite, com chuva e lama, tava foda sabe.

Até chegou num ponto em que a estrada passava num rio. Pensei...agora fudeu! Atravessar rio com 7º no escuro? Pior, se errasse era cachoeira.

Peguei a rota da esquerda e não tinha rio...ainda bem. Mas depois chegamos a um ponto sem saída. Encontrei uma lâmpada de poste e fui seguindo numa trilha apertada. Era uma casa. Pedi informação e me disseram para descer mais que haveria uma ponte para atravessar um outro rio.

Seguimos e nada de ponte... nada... demos voltas... uns 20min no escuro só com o farol e as luzes do outro lado do rio. Ponte mesmo nada.

Então voltamos um monte até nos metermos numa trilha e achar essa ponte.


Só passava gente e moto. E o cagaço disso cair?

Veja o vídeo da travessia da ponte. Ventava, chovia e estava escuro. A ponte balançava e debaixo dela era um rio forte com muita correnteza. Cair não era uma opção.



Mas deu certo.

Chegamos bem.

O hotel era o pior da viagem toda, nem tomamos banho, direto cama!

E um travesseiro só pra dividir hehehe

Luciana comenta depois....

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