segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

36° dia: de Ica a Pampamarca

LUÍS:

Hoje saímos do litoral para dormir nas montanhas acima de 4.300m de altitude. Não era bem como planejado, mas foi o que aconteceu. Muito frio....muito.

Dentre as coisas estranhas e engraçadas, essa foi a mais irreverente. Havia uma llama dentro de um carro, ela estava no banco de trás, comendo, tranquilamente mastigava suas folhas de sabe-se lá o que. No meio da panamericana, incrível...quando passei não acreditei e voltei. Rimos muito por alguns km depois

O hotel foi pior do que o do dia 34, de longe...pior.

Mas era o melhor que poderia ser naquela hora. Antes de chegar lá, vamos voltar ao começo.

Acordamos em Ica no hotel 3 estrelas que achei no GPS e tivemos uma boa noite, exceto por uma lâmpada que ficava numa luminária fora do quarto e cuja luz entrava exatamente em direção ao meu rosto, somente o meu. Fora isso, foi uma noite agradável.

O café da manhã estava estranho, um pão meio seco e um suposto suco de mamão, que parecia uma gosma, quase uma gelatina ehehehe, tava saboroso, mas o visual não era dos melhores. Sabe aquelas massinhas de crianças? Aquelas geléias fedidas? Então, bem aquilo, mas com cheiro e sabor de mamão, hehehe.

Tomamos café e voltarmos para o quarto, pois deu aquela preguiça. Enquanto trabalhava um pouco e atualizava os posts dos últimos dias de viagem, chegou um reforço do café da manhã, com ovos mexidos, queijo, café... uma boa. Serviu quase como um almoço.

Acho que viram a Luciana batendo o pão na mesa pela câmera e sentiram que precisavam dar uma melhorada na imagem daquelas 3 estrelas, então nos trouxeram esse "reforço" sem pedir. Deixa ela contar essa história melhor para vocês... heehehehe

Fui chutado do quarto pela Luciana às 12:15h, quando devia fazer o check-out, arrumar a bagagem na moto e pegar a estrada. Foi o que fizemos, andamos, andamos...

Sair de Ica rumo ao sudeste passaria obrigatoriamente por Nasca mais uma vez. Ah...que chato! Eu adoro! A Luciana não, mas eu adoro. Tirei novamente fotos e tudo, só faltou andar de avião outra vez.

É um tanto histórico e bastante única aquela região de Nasca, dentre outras cidades vizinhas, tem esses desenhos no chão vistos apenas do céu. Incrível como faziam, eram precisos e... vamos lá, eles deviam ou ver ET ou fumar um daqueles bem grossos de manhã pra desenhar essas coisas no meio do deserto né? Deserto sim, só tem pedra e areia aqui. Solo fértil e água somente nos vales.

Antes de Nasca paramos em uma cidadezinha, se chamava Palpa. Também tem as mesmas linhas, desenhos e tal..., mas não paramos ali com esse propósito e sim de abastecer. Do outro lado da rua/estrada havia um restaurante que vendia "cremoladas". Estávamos um tanto curiosos para saber o que era isso e resolvemos encarar. Já passara muito a hora do almoço e a fome batia. Estava bem calor também. Pedimos tortilla de camarão e uma cremolada para cada um.

Quem nos atendeu foi a própria dona do estabelecimento, a Natty, uma senhora que guardou bem o segredo de como é feito a tal cremolada. Só diz que é 100% pura fruta. Então não tem água e químicos, certo? Mas que processo é feito para congelar parcialmente aquilo? Veja na foto. Parece um sorvete de gelo moído, tipo picolé da kibon, de água (não os de leite e cobertura cabeção), moídos. Ou então... tipo um frozen sem iogurte, deu pra entender?

Sabor delicioso! Eu tomei dois, além de comer a tortilla de camarão que parecia um omelete com farinha e uns legumes. Estava delicioso. Só assustei com a conta, saiu 97 soles tudo. Equivalente a 97 reais. Três cremoladas e duas tortillas.

Não me recuso a pagar bem quando algo é bom e bem feito. Mas se o rango não fosse bom isso ia pesar no bolso!

Seguimos viagem de barriga forrada e pararíamos depois só de noite. Passamos por Nasca e pegamos um vale para subir, sentido leste, já voltando a caminho do Brasil. Via uma placa de "valle sagrado" e Cusco. Bem, então estou no caminho correto.

Subiu, subiu...subiu, vimos a duna mais alta da América, a mais de 2.000m de altura. Incrível.

Subiu tanto que ficou frio uma hora. Chuvisco, vento, sombra, o frio batia e não dava trégua.

Passamos por uma cidade bem estruturada (com hotéis, postos de combustível, etc.) e resolvi seguir viagem, pois o camping indicado no GPS e cuja existência foi confirmada no posto com o frentista estava a apenas 41km dali.

Péssima decisão, pegamos mais frio, neve e chuva. A neve era tanta que na estrada já escura havia apenas um trilho (como estradas de terra sabe?) e daí tinha que praticamente parar a moto para cruzar com os caminhões e ônibus, ninguém dava preferência para nós.

Chegamos ao tal camping e não rolava, tinha lama na entrada e não víamos nenhuma luz na região. Resolvemos dar meia volta e seguir viagem.

Aí parece que piorou, os 11°C caíram para 10 graus, depois 9, então 8, daí 7....6....5....até bater 4°C no sensor da caixa de ar da moto. Só pra entender essa é a temperatura na entrada do filtro de ar da moto, abaixo do tanque. Ali não tem vento. Bem diferente de onde estamos, acima do banco, com a cabeça protegida por um capacete e o corpo exposto ao vento e à chuva que caía aquela hora. Uma merda. A sensação de 4°C na verdade já era quase negativa. A chuva enxarcara um pouco minha calça e as luvas então nem se fala. A mão estava dura e alguns músculos começavam a doer. Só piorou quando a água deu uma "lavada" na suspensão dianteira e espirrou uma água suja de terra para cima, que subiu pela parte onde fica o guidão e entrou na fresta do capacete que deixava aberta para não embaçar a viseira. Isso foi direto no olho. Que m...

Seguimos viagem de noite com chuva e neve até chegar ao primeiro povoado que achamos. Acredito que 30km pareciam uma eternidade aquele momento. No escuro nessas condições mal passava de 60km/h. Ia lendo a rota pelo GPS e "cantando" as curvas através da curvatura que o GPS me mostrava no visor além das placas na estrada, 90° ou só aquela de curvinha. Às vezes errava a curva e como o piso molhado e moto lotada não fazem curva sem cair, o jeito era deixar a moto reta (em pé), atravessar a pista e ir parar quase no outro acostamento (quando existia). Era quase cagaço atrás do outro.

No fim das contas, que achei ser o fim das contas, chegamos a um povoado com não mais que 10 lâmpadas em postes. Parei num restaurante que estava com lâmpada ligada e decidi dormir ali. Quando entrei parecia uma escola, só tinha criança. Assistiam o que devia ser a única TV do povoado, todas entertidas com o calor dali. E eu congelado.

Me avisaram que ali não tinha hotel, e que o próximo ficava no 2º povoado seguinte há uns 10min dali. Resolvemos seguir viagem então.

Passaram 10min e nada...depois o primeiro mini-povoado e nada... nada... kct, que 10min são esses?

Até que começamos a descer (ali estávamos a uns 4.500m de altura), até que avistamos umas luzes na parte baixa da montanha. O GPS já indicava que eram descidas cotovelos. Eu estava até feliz aquela hora em saber que estava chegando perto.

Chegamos, parei, desci meio duro da moto, a Luciana pior ainda...entrei e o lugar tinha gente. Uns 5 sentados na mesa, ninguém para atender. Até me chamaram de gringo, mas quando usei o espanhol para dizer que gringo não! Soy de Brasil e sudamercano no és gringo! Todos deram risada e apareceu uma senhora meio cara de quem dorme de calça jeans há uns bons anos. Havia um quarto para dois. Custava 20 soles por pessoa, sendo 15 para cada...então sairia só 30 soles. A essas alturas está excelente, independente do lugar. Não tomando chuva e vento tá bom demais!

Bem, o lugar era bizarro. As portas eram padrão peruano, tipo não passavam de 1,65m de altura. Eu me espremia para passar por elas. Notei que na cozinha o chão era de terra e havia umas dezenas de porquinhos da índia soltos. Bem, a essas alturas vocês já devem saber que aqui eles comem porquinhos da índia né...tipo um ratão grande, sem rabo...lembra um coelho.

Obviamente não pedi nada para comer. Fui ajudar a Luciana a se descongelar e preparei um rango. Tínhamos comprado 1 litro de água e fiz uma sopa no nosso mini-fogão. Sopa de ervilha com bacon, deliciosa! Quentinha, era tudo o que precisava. Depois ainda tomamos um leite com chocolate. Maravilha.

Aquele carlor e a comida já ajudaram a recuperar um pouco as energias e pudemos dormir grudados.

Que dia...começou no litoral, passamos pelo deserto, subimos montanha, pegamos frio, depois chuva e neve até chegar àquele lugar.

Mas tudo correu bem, apesar do perrengue. Um dos que vai para as coleções de histórias de moto. Tipo o do 34° dia das estradas bloqueadas.

p.s.: esqueci de dizer, hoje quase caímos duas vezes. Perdi a frente da moto duas vezes. Uma escorreguei numa curva porque tinha óleo no asfalto e a frente saiu, consegui corrigir e avancei até a pista contrária. Sorte que não passava ninguém, senão....

A segunda foi parecida, mas ao invés de óleo era areia escura. Percebi que quando consertam os buracos no asfalto, fazem aqueles remendos bacanas (fica com mesmo) e depois em cima colocam uma espécie de areia escura, com um pouco de piche ou cimento, algo assim, para tapar bem certinho os buraquinhos e deixar o conserto liso. O trabalho fica bom, mas resta areia na pista e curva + moto + areia não combinam. Resultado, perdi a frente outra vez, escorregou e consegui corrigir.

Talvez o grande peso na traseira esteja ajudando nessas horas. Só não quero ter que fazer isso outra vez. Na chuva nenhum escorregão, tampouco na neve. Tudo ok até agora.


LUCIANA:

O meu relato é sempre mais resumido, pois não vou contar tudo em detalhes novamente pra não ficar cansativo.

Depois do 34º dia, este certamente foi o pior! Já não comentei no 34º porque eu só ia falar mal...ahahah...e não queria ser sempre a chata da história! rs

O dia começou super bem no hotel 3***. Tivemos uma noite de descanso com uma cama enorme e banho quentinho.
O café da manhã que não ornou muito...
O pão duro, seco lembrou uma cena do meu pai em casa. Mostrei pro Luís, rindo, e bati o pão na mesa dizendo: "esse pão duro Janete (minha mãe)!!!"

Depois fomos surpreendidos com ovos mexidos e queijo branco no quarto. Peguei o queijo branco do prato do Luís porque ele não curte e eu âaamo e dei mais da metade dos meus ovos pra ele. Justo né? ahhahaha

Daí enrolamos, ele trabalhou e lá pelas 11:15h comecei a ajeitar as coisas. Tudo pronto, só precisava que o homi fizesse a parte dele. Por isso, praticamente o expulsei do quarto! rsrsrs

Andamos umas 2h e paramos para abastecer e quando mirei "cremoladas" já falei pro Luís que precisava saber o que era aquilo que via anúncio por toda estrada fazia tempo!
Meldels...descobri outra coisa que âaamo tanto quanto cheetos! hahahaha
Eu pedi de maracujá e Luís de morango. Como comemos a tortilla de camarão, não cabia outra cremolada na minha barriga.

Tentei conseguir com a tia Natty a receita de cremolada mas ela disse que é especialista nisso há 40 anos e que era segredo. Será que o google vai me ajudar? Espero!

De barriga cheia, andamos e andamos e passamos pelo deserto, Nasca, tirei foto da "estradinha" dos doidos e seguimos até subir, subir e subir.

A esse ponto já estávamos com capinha de chuva e mais agasalhados.

Quando paramos no posto pra abastecer já estava chovendo e Luís se informou do camping e eu já tava com cara de reprovação. Acampar com chuva? Já me deu um ódjio mas eu decido alguma coisa nessa viagem?? nãoooo!!!

Seguimos e pelamor que frio!!! Quando chegamos no madeleto camping, aquela porcaria tava fechada e eu amiga passei a ser a maior inimiga do homi. Xinguei megas, chorei pra mais de 1 litro e só ouvia: "pára de chorar!"
E o frio, não conta??? Cada idéia burra, às vezes!

Ok, seguimos, porque a este ponto voltar seria a mesma quantidade de km e voltar é pior que andar pra frente.
Tentei engolir os choros mas chorei mais um pouco. Era a única coisa quentinha naquela hora...hahahah...merda!!

Eu tava com a calça de motoboy mas minha perna é muito comprida pra qualquer calça parece, e escorreu muita água da chuva na minha canela e dentro da bota.
Eu jurava que eu ia ter que cortar a minha perna igual o filme dos jogos mortais!! Que dorrrrr!!! Tava congelada, juro!

Enfim, nem contei o meu estado pro Luís aquela hora porque apesar do meu amor ter virado ódjio no momento, orava pedindo pra Deus nos capacitar a aguentar a passar por aquele momento e que viesse com providência urgente!!!

Primeiro povoado, nada...andamos meeeegas mas esperançosos e chegamos no restaurante/hospedaria e eu entrei mancando, congelada e só falei pra senhora: "no siento mis manos e no siento mis piés. Hace mucho frio!!! Donde és la habitación, por favor?!"

Ela me encaminhou pro muquifo que pra mim naquele momento era um castelo!! Eu agradeci muito por estar ali mas estava meio burra, traumatizada, congelada. Queria chorar e matar o Luís bem devagarinho mas tadinho, ele tava todo preocupado e acho que arrependido! hahahah
Perdoado!!

Ele tirou minha meia, minha calça e viu que eu tava molhada e congelada!
Acendeu o fogãozinho pra fazer a sopinha delícia e enquanto a bixa esquentava, o meu pé ia se recuperando no vaporzinho.
Minha mão tava no mesmo estado e o fogãozinho foi perfeito!! Ufa!

Enquanto o rango tava sendo feito, já estava com vontade de fazer xixi há horas. Luís também ia querer fazer xixi antes de deitar, então perguntei pra ele onde era o banheiro e ele disse que era no quintal do muquifo, numa casinha com uma mini porta.
O banheiro de fazer xixi era um vaso e fora um tambor com água e um galão aberto pra jogar depois na privada.
O banheiro de fazer número 2 era um fosso, um buraco no chão!! Meldelsss.....quem precisa fazer número 2, vai?! Noooojo! Só para os fortes!

Depois deitamos meeega grudados com uns 4 cobertores nada cheirosos mas que pra nós tava melhor que lençóis de cetim naquela noite tão difícil! :)

Fotos e comentários abaixo:

Olha só quem ta querendo espanar! O retentor da bengala (suspensão dianteira) ta vazando óleo. É a segunda vez que isso acontece depois da troca do óleo da suspensão. Espero que seja só por conta do nível do óleo


Se era o nível do óleo ou não, melhor não arriscar. Fiz uns cálculos e vi que vazou só depois que enchi o pneu no dia anterior. Então parei logo no meio da manhã e murchei o pneu dianteiro um pouco. Assim a vibração diminui e quem sabe não vaza. Funcionou, pois dois dias depois o vazamento não aumentou nem continuou.

Quando eu vi esse carro ele estava a uns 60km/h na estrada e algo branco se mexia no banco de trás, eu não sabia o que era. Quando passei por ele olhei do lado e era um bicho que não consegui identificar bem, mas parecia uma lhama. Parei a moto no acostamento, esperei eles passarem, a Luciana pegou a câmera e...

Era uma lhama e ela estava no banco de trás, comendo.

Logo em seguida chegamos novamente à Nazca (ou Nasca), onde há uma enorme área cheia das linhas. A foto desta placa vai ficar na memória. Lugar único no mundo.

Veja na parte de cima desta moita, um pouco à direita, uma linha de nasca vista diretamente do asfalto. Na nossa ida para o norte (Equador) eu vi essa linha da estrada. Agora na volta fiz questão de parar e pedir pra Luciana tirar uma foto.

Ela tirou a foto... e disse: "pronto, já tem foto da estradinha". Peraí mano.... estradinha? É uma linha de Nasca kct, isso foi feito séculos atrás e sabe-se lá porque, os caras fizeram um negócio com tamanha precisão e vc chama de estradinha? rs Rimos bastante.

Depois de Nasca pegamos à esquerda e começamos a subir, subir...sentido oeste / sudeste, a caminho de Machu Picchu.


Levantando da moto para aliviar as pernas e a bun... que não é de ferro.

Essa ao fundo é a duna mais alta da américa. Fica a mais de 2 mil metros de altura.

Bastante imponente, não? É maior que as montanhas de pedras.

Só da pra ver os dentinhos brancos da Ist no capacete hehehehehe



Esta é a fachada do restaurante, chamado aqui de "fuente de soda" da Natty, uma senhora que faz Cremoladas deliciosas! Aliás, riquíssimas!

Ist e sua iguaria de maracujá

Eu e a primeira de morango....depois tomei uma de uva negra

Até dei uma ajustada na suspensão....olha eu lá fora. Do outro lado da rua o posto, como falei

Esta é a tortilla de camarão, meio que um omelete hehehe deliciosa

Tem até facebook

Quem sabe um dia conheço Palpa por inteiro. Tem até uma árvore milenar. Veja a foto do centro, 

Mãozinha congelada da Ist no hotel hehehe

Leite evaporado.....seria como um leite condensado, mas não doce, não condensado no sentido do brasil, e sim concentrado!


Mal da pra ver na foto borrada que o colchão é tipo concha sabe. Bizarro. Vc deita e parece que está numa rede hehehehe. Fora isso, o detalhe no chão de retalhos de madeira. Embaixo era terra.

6 comentários:

  1. caracass mano !!
    dia tenso nas "trilhas da neve" hein !!! pqp !! fiq.uei imaginando aqui.....coisa de guerreros!! heheheh
    essa foto da "pistinha" ai eu ja passei por inumeras vezes por situacoes semelhantas...si es que me entiendes...hahahsh
    abs e bom restante de viagem pra vcs..

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  2. ta paracendo Iguape kkkkk
    sensacional o role

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    1. Às vezes lembrava do filme "história sem fim", pq nunca acabava e chegava no vilarejo!

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  3. Esse foi o dia mais frio até agora. Ganhou do Huascarán de longe!
    Pena não ter tirado foto de noite na chuva com neve na pista. Mal tinha o trilho dos pneus para andar. Nem a pau que ia parar para tirar foto...hehehe

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  4. Respostas
    1. kkkkkk ama nada, se ela quisesse me deixar la nao tinha pra onde correr, por isso ficou comigo hehehehe

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