33° dia: de Trujillo a Caraz

LUÍS:

Cheguei à conclusão que gosto de fazer off road em montanhas. E tem que ser daquelas com desfiladeiros, pedras caindo, buracos e lombadas que não vemos e temos que rampar, neblina e garoa que ofuscam a visão, mas que sejam lugares em que as montanhas são tão altas que não consigamos ver o topo.

Assim é a região do Parque Nacional Huascarán no Peru, também conhecido como Cordillera Blanca.

Ou você estava achando que o caminho de volta para o Brasil seria igua ao da vinda e o off road era só na Bolívia?

Que nada, hoje encaramos a terra numa estrada entre Santa no litoral, perto de Chimbote, até Caraz, já ao lado do parque Huascarán.

Veja no Google Maps para ter uma ideia da rota.

O caminho é incrível. Foi o maior vale pelo qual já passei até agora. É tão profundo que o GPS fica sem sinal. A estrada é cortada na beira da montanha à beira d'água em alguns pontos, em outros em precipícios a 300m de altura, depois túneis, excepcional.

Pareço uma formiga perto da montanha

Essa é a moto! Vazando um pouco de óleo do cardã...nada demais.

Olha a cor da montanha, parece feita à mão

Subindo...

Vamos para Caraz, 40km de asfalto agora!

Um lugar único, de belas paisagens e com uma correnteza absurda por conta das chuvas de verão e do calor que deve causar um degelo.

Encontramos 5 motociclistas da Venezuela aqui no meio do nada (só esse tipo de turista vem num lugar desses né?), pediam informações sobre como chegar ao litoral, de onde saímos. Vieram até Lima e estão voltando pela costa.

Seguimos viagem até passar por uma hidrelétrica, onde recomeçaria o asfalto para chegarmos até Caraz, a maior cidade da região.

Pegamos garoa forte boa parte do tempo e chegamos aqui ensopados e com um certo frio.

A moto, novamente dentro do hotel, atravessou toda a recepção até um jardim, hehehehe.

Buscamos uma pizzaria, mas não havia nenhuma aqui. Então comi um filé de frango empanado com batatas fritas. Sem arroz desta vez!

Depois, cama!

Luciana não quis escrever hoje...