terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Ilha Comprida - fim de semana off-road com as garupas (KTM 990, XT 660, Ténéré 660 e Super Ténéré 1200)

O que te levaria a ir de São Paulo para Ilha Comprida, no litoral de SP, com sua garupa numa big trail, pelo caminho menos asfaltado?

Gosto pela aventura? Apetite para riscos?

Não parei para pensar na resposta que posso dar, mas é demais atravessar matas fechadas, rios profundos e passar pela areia fofa que quer te derrubar da moto.

O fim de semana foi assim, sábado, 10h nos encontramos em SP, na saída da Régis Bittencourt (BR 116) rumo ao sul. Estávamos em 4 motos:


  1. Luciano e Cintia = KTM 950 Adventure
  2. Tiago Bega = Ténéré 660
  3. Daniel Bento = XT 660
  4. Luís e Luciana = Super Ténéré 1200
Na bagagem uma muda de roupa, câmeras e água, pois o fim de semana ia ser de bastante calor.

Fomos até um certo ponto da B6116 que dá acesso a Pedro de Toledo, mas não acessamos a SP055, foi pelo meio do mato. Entre barrancos secos e trilhas escuras cheias de lodo e barro, chegamos a essa cidadezinha para almoçar.

Barriga cheia, seguimos para o "despraiado", uma estrada de 70km de terra que nos levaria ao litoral, passando por 3 rios no caminho.

Sempre havia ponte, mas preferimos passar pelo rio, dentro d'água mesmo. Alguns mal cobriam metade da roda das motos, outros chegaram até a altura do banco, quase no quadril.

Rios atravessados, começamos a descer, descer e descer...até chegar em Iguape e fazer uma trilhazinha meio ao barranco que cai para o canal que existe entre Ilha Comprida e Iguape. Um lugar um tanto curioso para se passar de moto.

Filmamos vários trechos com as câmeras, espero que a edição dos vídeos e fotos fique muito boa desta vez. Vai levar tempo editar tudo e colocar no ar, mas será legal.

Procuramos uma pousada e a cidade de Iguape aparentemente teve uma inflação de pousadas, pois alguns locais bem simples estavam cobrando 120 o casal. Pois bem, achamos uma senhora que alugava 2 quartos e lá fomos nós.

Antes de dormir, uma paradinha na garagem para instalar os protetores de mão da Super Ténéré, recém adquiridos, da Circuit. Couberam quase que perfeitamente. Nada que uma gambiarrazinha não ajuste.

Ao acordar no domingo notamos que a Ténéré 660 do Tiago tinha algum vazamento. Ele havia levado um tombo no dia anterior no despraiado que até agora não entendemos. Como a queda foi forte, o protetor do motor entrou bastante e amassou o reservatório do líquido de arrefecimento (a aguinha colorida, hehe).

Nada que 2 advogados, um fisioterapeuta e um analista de sistemas não consiga resolver, obviamente, com um tubinho de "super bonder" na mão.

Mas a cola não secava. Já viram super bonder ficar líquido um tempão? Foi só o Daniel colocar o dedo dele que a cola endureceu. Sabe-se lá por onde este dedo andou, rs...

Moto consertada, já eram 11h quando entramos em Ilha Comprida. Fomos diretos ao norte, onde há algumas dunas legais para andar de moto. Deixamos as meninas na praia. Estava calor, bem quente...

E lá foram os espertões no sol do meio dia andar de big trail nas dunas. Quanto tempo você acha que isso durou?

Até bastante, eu não acreditei que iria aguentar tanto tempo em cima da moto caindo tão poucas vezes.

Pneus murchos, fomos andar. No começo dá um certo receio (vulgo cagaço) de meter a mão no acelerador
e fazer aquelas máquinas andarem. Mas com o tempo a gente vai ficando assanhadinho, achando que é super, e começamos a andar mais rápido.

Aí que está a parte perigosa, pois a confiança aumenta, mas como a velocidade é maior, o tombo tende a doer mais.

Sem tombos que nos machucaram, somente aquelas caidinhas de quando atola ou quando a roda da frente afunda no trilho e o equilíbrio vai para o espaço.

No fim até brincamos de subir uma duna e fazer uma curva numa descida bem gostosa. A duna devia ter uns 6-8 metros de altura e era daquelas bem molengas sabe, que você pisa e afunda o pé. Mas era bem legal ficar brincando de dakar lá hehehe

Tinha até um "circuito" para ficar rodando com a moto, passando por umas curvas apertadas e uns barrancos de areia fofa.

Brincamos, caímos, atolamos... e treinamos bem para o que vamos encarar no Jalapão.

O que aprendi disso: a moto aguenta, quem não aguenta somos nós. Com o calor o desgaste e esgotamento é rápido.

Voltamos para a praia, pegamos as meninas e fomos andar naquelas faixas de areia kilométricas rumo ao sul da ilha.

Maravilhoso, um passeio demais!

Andamos, atravessamos uns riachos, pântanos, matagal, até que chegamos a um quiosque. Era hora de almoçar.

Depois de 3 porções de peixes fritos e uma de mandioca, muitas cervejas e alguns doces, estávamos de barriga cheia sem vontade de sair dali. Mas era hora de ir embora.
Rumo ao sul, pegamos a balsa grátis para Cananéia sem pegar fila e já estávamos de volta ao asfalto.

Antes de seguir, uma paradinha para os outros limparem as correntes. Quer dizer, eu que não tenho nada a ver (ST 1200 = cardã) ajudei a limpar todas as correntes. Já estou craque. O Tiago tem até uma escovinha.

Quero ver só no Jalapão o limpador oficial de correntes entrar em ação, hehehe.

Bem, andamos, chegamos na BR116 e seguimos rumo a SP. A serrinha do cafezal nem estava tão ruim, chegamos a SP de noite.

Despedida no posto e bora pra casa.

Treino na areia feito. Agora restam os últimos preparativos para o Jalapão. Ajustar as câmeras e ação!!!!

Vídeo da viagem em breve, tão logo acabe a edição.

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